A Fibromialgia é uma síndrome clínica que se apresenta, principalmente, com a presença de dor no corpo todo. No Brasil, estima-se que cerca de 2% a 3% da população sofram dessa condição. Nesse cenário, de 80% a 90% dos casos diagnosticados são mulheres com idade entre 30 e 50 anos.
A causa da fibromialgia ainda não é conhecida. Sabe-se contudo, por meio de estudos, que o cérebro de pessoas que apresentam essa condição interpreta a dor de maneira intensa. Entre as possíveis causas estão situações de estresse e traumas, alteração neuroquímica no sistema nervoso central e distúrbios psíquicos como ansiedade e depressão. Esses transtornos acabam por desencadear ou agravar o quadro.
O diagnóstico da Fibromialgia é essencialmente clínico. Durante a consulta, o médico obtém algumas informações que são essenciais. Alguns pacientes relatam que a dor é mais intensa durante a manhã. As dores no corpo são intensas e dispersas, tanto que às vezes é difícil definir o que está doendo. Ela se evidencia mais nos músculos, que também podem se apresentar rígidos.
O cansaço frequente, a sonolência, geralmente acompanham o sono não reparador, bem como alterações intestinais e a sensação de formigamento nas mãos e nos pés. Dores de cabeça, tonturas, alteração da atenção, concentração e perda de memória se incluem no sintomas.
O tratamento da fibromialgia deve ser orientado por um médico reumatologista, especialista que trata das doenças do tecido conjuntivo, articulações e doenças autoimunes. Por um fisioterapeuta e também um psiquiatra, que vão avaliar as condições de cada paciente e orientar as melhores alternativas para amenizar os sintomas.
Como não há um exame específico para diagnóstico, a fibromialgia também não possui um tratamento particular. Sendo uma condição crônica, seu tratamento é inteiramente baseado na melhora e controle dos sintomas. Podemos citar alívio da dor, melhora do sono, restabelecimento do equilíbrio emocional, etc.
A terapia pode ser feita de duas maneiras, medicamentosa e o não-medicamentosa, dependendo das condições e sintomas apresentados por cada paciente. As atuais opções de tratamento permitem pacientes viverem com pouquíssima dor ou nenhuma.
É importante lembrar ainda que o principal recurso terapêutico no enfrentamento da fibromialgia é o próprio paciente. É precisa de força de vontade e ânimo para enfrentar o problema. Inclusive, com uma rotina de exercícios que diminuem significativamente os sintomas da típicos da síndrome.
A atividade física faz com que o organismo libere substâncias que agem no corpo como analgésicos naturais, como as endorfinas. Os exercícios, que devem ter orientação profissional, contribuem com a flexibilidade, diminuindo a rigidez dos músculos e as contraturas, refletindo positivamente na melhora do humor e autoestima.