No dia 7 de maio é celebrado o Dia Mundial da Espondilite Anquilosante, uma doença inflamatória crônica que atinge as articulações dos ossos das costas, cabeça e tórax. Em especial, a inflamação costuma acometer a coluna e os ombros, com ramificações nas articulações dos quadris e joelhos.
Ao contrário da maioria das dores, os pacientes afetados com a doença sentem mais incômodo quando estão em repouso. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), por ser incurável, a espondilite pode levar à incapacidade total de movimentos caso não seja tratada adequadamente.
No começo, uma dor persistente na lombar que pode durar meses e que diminui com o movimento e aumenta com o repouso. Com o tempo, essa dor pode irradiar para as pernas e ser acompanha de uma sensação de rigidez matinal. A dor pode disseminar-se e atingir a região das nádegas e pescoço. Assim como as articulações do quadril, joelhos e tornozelos.
Esses sintomas são intermitentes – podem desaparecer espontaneamente – e ressurgir depois de algum tempo. Outros sintomas apontam:
Conforme a evolução da doença, a tendência é as dores se tornarem mais intensas. Principalmente, no período da noite. Nos casos mais graves, com larga evolução da doença, é possível ocorrer um serie de lesões. As regiões dos olhos, intestinos, pele, coração e pulmão são algumas áreas afetadas.
De causas desconhecidas, sabe-se que há um marcador genético envolvido, porém não é o fator determinante de 100% dos casos. A molécula antígeno HLA-B27 é encontrada em 10% da população mundial. Entretanto, a doença atinge apenas 1% da população do mundo.
A Espondilite anquilosante, na contramão de outras doenças das articulações, acomete mais homens do que mulheres. Abrangendo desde adolescentes até os 40 anos. O fato de incidir em mais pessoas do sexo masculino também é um dado ainda pouco esclarecido.
O diagnóstico é feito de acordo com a apresentação dos sintomas, além de sinais que ultrapassam as dores. Inflamações nos olhos (uveíte) ou alterações no intestino (colite ulcerativa) com incidência de diarreia e flatulências são alguns sinais. Na pele, a psoríase é o principal sinal de que algo está errado. Se há acumulação desses indícios, a recomendação é procurar um médico reumatologista com urgência.
O alarde não é para menos: ocorre que o diagnóstico precoce faz toda a diferença para evitar o desenvolvimento da doença. Em casos de diagnóstico tardio, pode acontecer a calcificação da coluna. O diagnóstico também considera uma série de exames laboratoriais e de imagem, como exame de sangue e ressonância magnética.
O tratamento tem por objetivo aliviar os sintomas da espondilite anquilosante e evitar a progressão da doença. Assim como reduzir as dores e o risco de deformidades. Os medicamentos imunobiológicos são mais empregados no tratamento, com atuação direta no bloqueio da inflamação. O acompanhamento de um fisioterapeuta é essencial para pacientes eu já possuem alguma deformidade. Por se tratar de uma enfermidade crônica, o uso de remédios tem tempo prolongado.